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Prática de Exercícios Mentais e Regulação Emocional

Você pratica exercícios mentais?

Acredita em “poder da mente” para conquistar uma vida com mais qualidade? Bom, segundo algumas evidências neurocientíficas, deveria…

Praticar exercícios que desenvolvem algumas habilidades cognitivas  tem real capacidade para transformar nossas vidas.

Pensar assim não é um equívoco, e estudos em diversas universidades pelo mundo estão pipocando ano após ano.

O chamado aqui é para não ignorarmos o poder da mentalização, da ideia, do pensar positivo e do planejamento mental como forma de treino, de exercício, além de adotar práticas que sejam como uma “malhação cerebral”. 

Um exercício que tem sido muito estudado é o da Atenção Plena (ou, em inglês, Mindfulness).

Essa prática para permanecer no estado mental de atenção plena é como uma atividade física, é preciso treinar e manter uma rotina para sentir os resultados.

Ela pode ser exercitada em atividades simples do dia a dia, deixando o smartphone de lado e se concentrando na atividade que está fazendo naquele momento.

Uma caminhada, uma refeição e até um banho são oportunidades para praticar. Mas a coisa não fica solta assim, há técnicas importantes, pro exercício funcionar.

A neurociência explica os benefícios do mindfulness a partir da análise de quais regiões do cérebro humano são ativadas com a prática.

Nosso córtex pré-frontal é dividido em três conjuntos de estruturas cognitivas que podem ser ativadas durante os exercícios de atenção plena:

  1. Rede default (modo difuso ou rede de modo padrão): rede cerebral ativada quando estamos em estado de divagação mental, ou seja, quando estamos “viajando”. Ela entra em ação quando pensamos em outras pessoas, em nós mesmos ou em situações do passado. Também é ativada quando planejamos o futuro.
  2. Saliência (modo focado) : rede ativada quando direcionamos o pensamento para uma ação.
  3. Rede central executiva: rede cerebral ativada quando uma tarefa é executada.

O cérebro alterna entre estes conjuntos continuamente: ora em modo focado, ora em modo difuso.

Durante a prática de atenção plena, há uma redução nas atividades da rede central (modo difuso, de divagação), pois ficamos concentrados no tempo presente.

As amígdalas cerebrais também apresentam uma atividade menor, o que reduz a intensidade de emoções como medo e ansiedade.

A Atenção Plena também reduz os níveis de cortisol, hormônio de controle do estresse do corpo humano.

A diminuição melhora a qualidade do sono e desacelera o processo de envelhecimento celular, além de impactar a resposta imunológica, os processos inflamatórios e a estrutura do tecido cerebral.

Outro sinal dos efeitos da Atenção Plena no cérebro humano é o aumento no número de neurônios de determinadas regiões do órgão. A conclusão é de pesquisadores da Universidade de Harvard, que monitoraram 17 participantes de MBSR (protocolo de mindfulness para redução de estresse).

Eles observaram que houve um aumento de massa cinzenta no córtex cingulado posterior ( cuja função cognitiva é a da atenção, memória visual, memória de trabalho e memória episódica e seu menor funcionamento está associado à ansiedade, agressividade e apatia) na junção temporoparietal ( cuja função está associada à cognição social, importante para interação com outras pessoas,  ativada quando imaginamos o que a outra pessoa está pensando ou sentindo) e no cerebelo (cuja função é participar do equilíbrio do corpo, coordenação dos movimentos, controle do tônus muscular e postura ; também está envolvido com o condicionamento do medo e no aprimoramento da memória episódica).

Como você pode perceber, todas estas regiões estão associadas à capacidade de aprendizado, memória, regulação das emoções, processamento autorreferencial e adoção de novas perspectivas.

Isso acontece graças à neuroplasticidade do cérebro, ou seja, à capacidade do sistema nervoso de mudar, adaptar-se e moldar-se ao longo da vida de um indivíduo, em um nível estrutural e funcional.

Não tem como falar de uma vez só, o tanto de benefícios de praticarmos exercícios mentais!

Nessa matéria, você já consegue ter uma ideia de como uma pessoa que treina a mente desenvolve o cérebro em áreas importantes para a qualidade de vida emocional e social.

A atenção plena (mindfulness), a meditação, o yoga, o tai chi chuan, são alguns exemplos de atividades que promovem real treino mental, com resultados perceptíveis a médio prazo.

Conta pra gente, você pratica algum tipo de treinamento mental?

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